Política: quase 100 prefeitos eleitos em 2020 são cassados por conta de irregularidades em todo o país

Um levantamento, com dados da Justiça Eleitoral, apontou que, pelo menos, 96 prefeitos eleitos 2020 perderam os mandatos, o equivalente a dois chefes de Executivo por mês desde que assumiram os postos. O cumprimento da Lei da Ficha Limpa é o principal motivo para a cassação, seguido pela compra de votos e o abuso de poder econômico e político. O estado com o maior número de trocas é São Paulo. Já os partidos que mais perderam municípios foram o MDB e o PSDB: 14 cada.

De acordo com os dados, 56 prefeitos eleitos em 2020 foram enquadrados na Lei da Ficha Limpa. As irregularidades que levaram à inelegibilidade dos candidatos passaram pela rejeição de contas de governos anteriores, condenações por improbidade administrativa, danos ao Erário e penas criminais, além do uso irregular dos meios de comunicação. A compra de votos também desponta como uma prática enraizada nas eleições municipais. Ao menos, 15 investigações resultaram em cassação. No Estado do Rio de Janeiro, são cinco prefeitos cassados.

Já o abuso de poder político e econômico, como gastos de campanha que superaram o previsto pela legislação eleitoral, renderam 12 cassações. Há também entre os motivos para as condenações questões como irregularidades na prestação de contas de campanha e nos registros de candidaturas e partidos. Os municípios considerados pequenos, com até 50 mil habitantes, lideram o ranking.

No total, 38 cidades com populações entre 10 mil e 50 mil habitantes tiveram mudanças na prefeitura; seguidas pelas de 5 mil a 10 mil, com 29 cassados, e as de até 5 mil moradores, 16 mandatos cassados.

Por Vinicius Gastin

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