O boletim semanal Panorama da Dengue, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio, mostrou que o estado está com um número de casos prováveis de dengue seis vezes acima do limite máximo esperado para esta época do ano, de acordo com a série histórica dos últimos dez anos.
Houve quatro óbitos confirmados: dois no município do Rio de Janeiro, um em Mangaratiba e um em Itatiaia. A análise mostrou ainda que a tendência de aumento na transmissão de casos se mantém pela nona semana consecutiva.
De janeiro até 15 de fevereiro, foram registrados 41.252 casos de dengue em todo o estado, número equivalente a 80% dos casos notificados em todo o ano de 2023, quando o Rio de Janeiro teve 51.479 casos da doença. Elaborado pelo Centro de Inteligência em Saúde, o boletim usa um modelo de cálculo epidemiológico que leva em conta o atraso de inserção de dados no sistema de vigilância.
O período analisado pelo boletim corresponde à Semana Epidemiológica 6, que vai de 04 a 10 de fevereiro, incluindo o período de carnaval. Foram registrados nesse período 6.593 casos.
Com base no modelo de análise, a secretaria estima que mais de 25 mil novos casos devem ser registrados para o período. Ou seja, cerca de 19 mil registros ainda devem entrar no sistema.
O Panorama da Dengue apresenta também o indicador Excesso de Casos, que mostra quantas vezes o número de casos registrados excede o limite máximo considerado dentro do esperado para o momento atual.
Por essa métrica, as regiões Metropolitana I – que inclui a capital e Baixada Fluminense – e Serrana são as que apresentam o maior excesso de casos (20 vezes e 5,6 vezes, respectivamente).
Em seguida vêm as regiões Centro-Sul e Baía de Ilha Grande, onde estão Angra dos Reis, Paraty e Mangaratiba.
Desde 1º de janeiro, 113 pessoas morreram em todo o país em decorrência de infecção por dengue. De acordo com o Ministério da Saúde, há ainda 438 mortes em investigação. Os números mostram que, em menos de dois meses, o Brasil contabiliza 653.656 casos prováveis.