O cantor Alexandre Pires foi alvo de um mandado de busca e apreensão, decorrente de uma investigação da Polícia Federal para desarticular um esquema de financiamento e logística ao garimpo ilegal na Terra Indígena Ianomâmi.
De acordo com o inquérito, o artista teria recebido R$ 1 milhão de uma mineradora investigada. A diligência foi cumprida em um cruzeiro onde o cantor se apresentava, em Santos, litoral de São Paulo. Ainda segundo informações, o cantor se trancou em um banheiro do navio antes de ter seu celular apreendido. Procurado, Alexandre Pires se posicionou através de seu advogado, dizendo que “não tem e nunca teve qualquer envolvimento com garimpo ou extração de minério, muito menos em área indígena”.
Segundo a Polícia Federal, o esquema seria voltado para a “lavagem” de cassiterita retirada ilegalmente da terra indígena. O minério seria declarado como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós, no Pará, e supostamente transportado para Roraima para tratamento. As investigações apontam que tal dinâmica ocorreria apenas no papel, já que o minério seria originário do próprio estado de Roraima.
O empresário de Alexandre Pires, já preso pela Federal, usava familiares para lavar dinheiro da mineradora investigada.