A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que o Brasil registrou 2,9 milhões de casos entre janeiro e dezembro de 2023. Os dados mostram aumento recorde no número de casos na América do Sul. Nas últimas quatro décadas, os registros passaram de 1,5 milhão entre 1980 e 1989 para 17,5 milhões entre 2010 e 2019. A OMS avalia o cenário como de risco elevado a nível mundial, devido ao crescente risco de transmissão e ao aumento de casos e mortes.
Principais Fatores
Dentre os principais fatores que contribuem com os números alarmantes, estão o aumento das temperaturas causado por fenômenos climáticos e a fragilidade dos sistemas de saúde após a pandemia. Especialistas ressaltam a importância de monitorar a prevenção à doença durante todo o ano para evitar a proliferação do aedes aegypti, que também é responsável pela transmissão de outras doenças como a Zika e a Chikungunya.
Vacina contra a Dengue
Em outra medida contra a doença, o governo federal anunciou que a vacina contra dengue vai passar a fazer parte do SUS. Desta forma, o Brasil vai se tornar o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal. Chamada de Qdenga, a vacina vai ser liberada, inicialmente, para grupos específicos de pessoas.
O Ministério da Saúde afirma que o laboratório fabricante, Takeda, ainda não possui capacidade de fornecer grandes quantidades de doses. Por isso, a vacinação será focada em público e regiões prioritárias. A inclusão do imunizante foi analisada e aprovada por diversas avaliações científicas da Conitec, a Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS.
Agora, o Programa Nacional de Imunização vai definir como a vacina vai ser incorporada ao calendário vacinal e qual será o público alvo prioritário, o que deve ocorrer nas primeiras semanas de janeiro. A previsão é de que sejam entregues cerca de 5 milhões de doses em 2024, entre fevereiro e novembro. O esquema vacinal é composto por duas doses.