Policiais militares do Programa Estadual de Integração na Segurança (PROEIS), com apoio da Secretaria de Assistência Social e da Subprefeitura de Olaria, atenderam a uma reivindicação de moradores da Rua Nossa Senhora das Graças, em Olaria, e de pais de alunos da Escola Maria José Mafort, na mesma rua.
Segundo denúncias, um homem em situação de rua estava recolhendo materiais recicláveis, como plástico, alumínio e até fios de cobre e um fogão, e depositando na calçada, bem ao lado da entrada da creche.
O acúmulo de materiais foi aumentando, uma vez que o homem utilizava materiais cortantes, como faca, para separar os recicláveis.
Em três oportunidades a Assistência Social esteve no local para orientá-lo e colocar os equipamentos de assistência ofertados pela Prefeitura à disposição, mas ele recusou o auxílio. Com sotaque diferente, ele se apresentava como argentino e, por conta das regras do Mercosul, poderia estar no Brasil legalmente.
O trabalho da Assistência Social é de orientação e convencimento, não sendo possível obrigá-lo a aderir aos programas assistenciais. Porém, o depósito de materiais em via pública é proibido.
Nesse sentido, policiais militares do PROEIS também estiveram no local em três ocasiões orientando para que retirasse os materiais dali, o que não foi feito. Na segunda-feira, 19, o caso teve uma reviravolta.
Uma equipe da Subprefeitura de Olaria, com apoio do PROEIS, esteve na Rua para retirar o material irregularmente depositado em via pública. Nesse momento, o indivíduo se alterou e utilizou palavras de baixo calão contra os servidores municipais e do PROEIS, sendo conduzido à 151ª DP. Na delegacia foi constatado que o homem, de 35 anos, não era argentino como se apresentava, e sim iraniano.
Sendo assim, o delegado titular da 151ª DP decidiu conduzi-lo à Delegacia de Polícia Federal de Macaé, que assumiu o caso para averiguar a situação do estrangeiro no país.
Durante apuração, foi constatado que o homem entrou regularmente no Brasil em abril de 2014, com visto de turista, e permaneceu regular até setembro de 2019. Portanto, o iraniano já estava a mais de 1.600 dias de forma ilegal no país. Foram tomadas as medidas cabíveis para a situação.